quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Youtubers celebram o mes da visibilidade trans

Olá pessoal!

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Este é o mês da visibilidade trans no Brasil. Dia 29 de janeiro é o dia de reparar, procurar e trazer a luz estas pessoas tão invisibilizadas e sem lugar na nossa sociedade que sofrem tanta violência.

Para celebrar a existência e a resistência deles, surgiu um movimento no Youtube identificado como #visibilidadetrans.

Comecei a conhecer a iniciativa através do Canal que sigo de Rosa Luz, uma travesti da periferia de Brasilia, estudante de Artes e Youtuber de impacto, com vídeos sobre transexualidase e sobre sua visao politica e crítica da situação de LGBTs no geral.

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Ela tem feito uma série de vídeos com entrevistas de vivências de pessoas trans com temas variados e muito interessantes.

Até agora tiveram 4 episódios, são entrevistas com um homem trans que faz doutorado na UNB, de uma prostituta trans que está entrando na faculdade de direito, uma mulher trans estudante de Ciências Sociais falando sobre as diferenças entre sexo, gênero e orientação sexual e um casal de transsexuais lésbicas. 

Aqui os links: 
Ep#1: https://www.youtube.com/watch?v=SzGTnU2gmhE&t=296s
Ep#2: https://www.youtube.com/watch?v=CAUC_G3Lzmg&t=493s
Ep#3: https://www.youtube.com/watch?v=w4S-niEHjS8&t=26s
Ep#4: https://www.youtube.com/watch?v=9E220QVklro&t=63s

Os relatos são muito interessantes e dão conta de oferecer representatividade e possibilidades de alternativas ao estereótipo da transexualidade tão vinculada a violência.

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Além de Rosa, o Canal das Bee postou um vídeo de um homem trans falando sobre a sua dificuldade no mercado de trabalho e trazendo um site com empresas que oferecem oportunidades para a comunidade LGBT.
Assista o vídeo aqui: https://www.youtube.com/watch?v=n7dByCVTswg


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Hugo Nasck também tem colocado no ar vários vídeos de setores invisibilizados na transsexualidade e temas muito interessantes como:
Fetiche e homens trans: https://www.youtube.com/watch?v=7LqIPQkUX68
Passabilidade trans: https://www.youtube.com/watch?v=ED4NaBO8m40
Homem trans gay: https://www.youtube.com/watch?v=BSwZvInkZ-c
Hermafrodita, interssexual e mulher trans: https://www.youtube.com/watch?v=1nnLjM0hSM0


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Aproveitem a iniciativa dos Youtubers para conhecer mais do universo da transsexualidade através de canais como estes e também da serie Herstory, disponivel na plataforma. Disponibilizo o endereço do primeiro episódio e basta seguir o canal e vê-os na sequência. Está disponível também entrevistas com a diretora e atrizes, todas membro da comunidade LGBT no cinema. 
O programa tem seis episódios curtos e narra a história de uma mulher trans lésbica e as dificuldades que passa por conta disso. 
Aqui o link: https://www.youtube.com/watch?v=UkHicPm7C6Q


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Sobre esse tema, o canal da professora Luiza Coopieters fala da realidade de se ser mulher trans lésbica no Brasil. Outro canal que vale a pena com entrevistas interessantes. Dispinibilizo aqui a entrevista dela com Laerte Coutinho: https://www.youtube.com/watch?v=xX5iSGjLhiM

Desejo um mês de visibilidade a todos os trans! E menos violência e mais oportunidade para eles no Brasil! 

Espero poder aproximar a vocês um pouco mais da realidade dessa comunidade, tão invisível distante de todos e, por isso mesmo, tão agredida. Vamos tentar olhar pro universo do outro?

Um abraço,

Carol

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Tragédias do início do ano e a necessidade de repensar as relações entre a pessoas

Olá, 

Difícil não passar por aqui para comentar as notícias doídas do país com que inicia o nosso ano. 

Primeiro perdemos um ambulante que defendeu uma colega no metrô Pedro II em São Paulo, pelo simples fato de ela ser uma transsexual e os homens, bêbados no dia de natal, distribuindo violência gratuitamente.

Difícil não lembrar que a reverberação do caso se deu pelo fato do evento ter sido filmado pelas câmeras do metrô e também pela morte em si ter sido de um homem heterossexual que defendeu a moça transsexual, num ato de heroísmo, por ser sua amiga. Se ela fosse a vítima, duvido muito que o caso teria a reverberação que teve. Como a maior parte dos casos que acontecem o tempo todo não tem. 

Depois, no ano novo, tivemos a chacina de um pai que matou grande parte da família da esposa e o filho de 8 anos, se matando em seguida. 12 mortes. Vítimas do machismo, como podemos constatar na sua carta de despedida, divulgada pela imprensa.

E hoje, tivemos a chacina na penitenciaria da Amazônia, que permitiu que facções rivais estivessem num mesmo ambiente. O Estado que é responsável por estas vidas permitiu esta violência, já que a instituição inclusive é dirigida por uma empresa terceirizada e não diretamente pelo governo. Um absurdo. 

Estou muito impactada e espero que possamos reverter esse quadro de desolação e desesperança com o qual entramos o ano. 

Temos muito o que refletir e melhorar em nossas ações e na forma como educamos as pessoas, em especial os homens, para deixar de permitir que ações baseadas em subjulgar o outro como inferior como fazem com as mulheres, com os homossexuais, com os pobres e com os negros.

Precisamos de mais empatia, mais amor entre as pessoas, mais noções básicas de direitos humanos e de justiça social para que as pessoas se machuquem menos, se tratem melhor, confiem mais em si mesmas e no outro.

Precisamos de mudanças na cultura que rege as nossas relações e nossas noções de papel social, com urgência. 

Precisamos cuidar mais de nós mesmos, para que não façamos ou sejamos vítimas de algo parecido com o que tem acontecido em nenhum grau de comparação.

Vamos ficar atentos!

Um abraço, 
Carol